terça-feira, novembro 02, 2010

Estátuas (II)


So goodnight my dear
Hope you're feeling well
Hope your're feeling very clear
In this song and rhyme
Thoughts of changes that
Keep ourselves intact

And yes
It's hard to fake but I'm faltering
In the steps I'm about to take
I am sure it's true
What is all for me is much the same to you

If all the statues in the world
Would turn to flesh with teeth of pearl
Would they be kind enough to comfort me
The setting sun is set in stone
And it remains for me alone
To carve my own and set it free

So we wait and see
How this backward chapter reads
In verse inadvertently
And it feels like fading light
But that's all that's left
Only what's left is right

If all the statues in the world
Would turn to flesh with teeth of pearl
Would they be kind enough to comfort me
The setting sun is set in stone
And it remains for me alone
To carve my own and set it free

Jumping from a balloon
A carried aloft by a parachute in June
Twisting round and round
Well I hope the ground is what you find

The setting sun is set in stone
And it remains for me alone
To carve my own and set it free


Statues, música dos Moloko presente no álbum Statues (2002).
Ouve aqui.

sábado, outubro 23, 2010

Recordação de Sintra


Publicidades à parte, estas são as melhores queijadas de Sintra. E conseguem imaginar um souvenir mais inusitado que esta embalagem?

domingo, agosto 29, 2010

Mistérios de Lisboa


Adaptado do romance homónimo de Camilo Castelo Branco, Mistérios de Lisboa prepara-se para ocupar uma das posições cimeiras no que diz respeito a grandes produções cinematográficas portuguesas. Para quem está familiarizado com o Cinema nacional, não se surpreenderá ao saber que este filme foi idealizado por Paulo Branco – grande produtor português e criador do Estoril Film Festival – que viu no experiente realizador chileno Raúl Ruiz, o ‘maestro’ perfeito para orquestrar a ‘sinfonia turbulenta’ que é Mistérios de Lisboa. O elenco, não poderia ser mais heterogéneo. Desde grandes nomes (Adriano Luz e Rui Morisson) a nomes em ascenção (Maria João Bastos, Ricardo Pereira e Afonso Pimentel), passando por nomes frescos (Joana de Verona e Maria João Pinho) e até nomes franceses (Léa Seydoux, Clotilde Hesme e Melvil Poupaud), entre tantos outros, e tendo em ‘paixão’, ‘segredos’, ‘intriga’ e ‘amor’ as suas palavras-chave, este filme de época - com diversas cenas filmadas em Sintra, nomeadamente da Quinta de Ribafria - promete bom entretenimento em português.


Contudo, e a meu ver, Mistérios de Lisboa poderá enfrentar algo que não se deseja a um filme desta qualidade - insucesso. E prevejo isto devido a três factores: a duração, a adaptação do filme a série televisiva e o simples facto de ser português. Comecemos pelo primeiro. Mistérios de Lisboa não poderá ser de todo recomendado a pessoas que adormecem na sala de cinema. Contando com umas inacreditáveis 4h26, é um filme que muitas pessoas dirão ‘Não’ à partida. Já imagino a Zon Lusomundo a colocar três ou quatro intervalos durante as sessões… Em segundo lugar, a série. Sendo uma co-produção da CLAP Filmes com a RTP, entre outros, o filme desde o principio foi pensado também como série televisiva, a transmitir posteriormente na RTP 1. “Se posso ver o filme em 6 episódios de 1h cada, porque que vou eu gastar dinheiro e apanhar uma xaropada de 4h e tal no cinema? ”, será com certeza o que muita gente pensará. Já que vão transmitir a série, que esta estreie em televisão, no mínimo, com uma distância de cerca de um ano da estreia cinematográfica. Finalmente, o terceiro factor, é aquele que até provoca-me alergia. O preconceito com que os portugueses olham para a produção cinematográfica do seu próprio país. Um pouco de orgulho no produto nacional, faz bem e recomenda-se. “Ah, e tal, os nossos filmes não são tão bons como os filmes estrangeiros.” Errado. Os nossos filmes não são nem melhores nem piores que os filmes estrangeiros. São diferentes. E na diferença é que está o ganho. Ao sermos diferentes, somos únicos. Ao sermos únicos, somos originais. E é aí que reside a maravilha do Cinema. Na originalidade. O Cinema português está cada vez mais a ter o cuidado de diversificar os estilos das suas produções. Nos últimos anos temos assistido a grandes exemplos de filmes dramáticos (Alice), cómicos (DOT.com), românticos (A Bela e o Paparazzo), de mistério (Coisa Ruim), biográficos (Amália), infantis (Uma Aventura na Casa Assombrada),
de época (O Milagre Segundo Salomé), experimentais (Cinerama), entre muitos e muitos outros. Por isso peço-vos vão ver ao cinema Mistérios de Lisboa. É português? É. Parece ser bom? Sim. Mas se não gostar? Olha, paciência.


Sinopse

Mistérios de Lisboa mergulha-nos num turbilhão imparável de aventuras e desventuras, coincidências e revelações, sentimentos e paixões violentos, vinganças, amores desgraçados e ilegítimos numa atribulada viagem por Portugal, França, Itália e Brasil. Nesta Lisboa de intrigas e identidades ocultas encontramos uma série de figuras que dominam o destino de Pedro da Silva, órfão de um colégio interno: padre Dinis que de aristocrata e libertino se converte em justiceiro, uma condessa roída pelo ciúme e sedenta de vingança, um pirata sanguinário tornado próspero homem de negócios; que atravessam a história do séc. XIX e a procura de identidade do nosso personagem.

Ficha Técnica

Título Original: Mistérios de Lisboa
Realizador: Raúl Ruiz
Ano: 2010
Estreia: 21 de Outubro
Elenco: Adriano Luz, Maria João Bastos, Ricardo Pereira, Clotilde Hesme, Afonso Pimentel, Léa Seydoux e Melvil Poupaud
Argumento: Carlos Saboga
Música: Jorge Arriagada e Luís Freitas Branco
Site Oficial: http://www.misteriosdelisboa.com/
Trailer

Parece Sintra...


…mas não é. Na realidade, estas fotografias foram tiradas no passado Domingo, aquando um piquenique familiar, no Monte de Nossa Senhora da Assunção, em Santo Tirso. Esperava-se céu limpo e calor. Em vez disso fomos presenteados com um espesso nevoeiro e com uma temperatura, que às primeiras horas da manhã, de quente nada tinha. Mas graças a essa ‘partida’ climatérica pude ver algo que durante todos estes anos tinha-me passado completamente ao lado: as semelhanças entre o Monte de Nossa Senhora da Assunção e a Serra de Sintra. Vejam as imagens.

sábado, julho 31, 2010

Tardes de Sol(ércia)

Nunca ir para Lisboa sem uma máquina fotográfica (telemóveis não contam ). Foi esta a lição que aprendi quinta-feira passada. Numa busca, na Baixa, por uns souvenirs jeitosos - e com 'jeitosos' digo 'o mais piroso que pode haver' - para oferecer a uma americana, eu e a Arannea, ela melhor dizendo, tivemos a ideia de ir a Sintra. Entro em pânico. A camâra do meu telemóvel tem 3.2 megapixels. A do dela tem 2.0. O que prefaz um total de 5.2 megapixels, nem metade sequer dos 12 da minha câmara que ficara em casa. Perder uma oportunidade de tirar boas fotos a Sintra é crime. Relutante, mas contente, lá fui. Chegados à vila - mais conhecida por 'Pandemónio Turístico Nacional' nesta época estival - fomos almoçar e rumámos até Seteais para tirar umas fotos (fotos essas que nunca irei ver pois foram tiradas com uma máquina descartável para oferecer à tal americana). Lá sacámos umas quantas fotos e na vinda para a vila fomos tomar café à cafetaria do Palácio da Regaleira. Foi uma estreia para mim, nunca lá tinha ido (à cafetaria, não à Quinta óbvio...), mas devo dizer que fiquei fã. Apesar dos preços nitidamente para turistas (2€ por dois cafés...), o espaço é extremamente agradável. Situado no Terraço das Quimeras, junto do edifício da Fundação Cultursintra, a cafetaria é o sítio ideal para passar uma boa tarde a ler ou simplesmente a apreciar a aura místisca e enigmática que todo o espaço invoca. Julgo que também serve refeições. Eu fiquei-me pelo café, mas valeu a pena. Nos etretantos, tomei conhecimento que a companhia de teatro Tapafuros regressa à Regaleira com uma nova peça. Desta feita, encena Solércia, com base em algumas obras de Gil Vicente e que promete ser mais uma vez uma expriência única. Eu não irei perder. Nem a peça, nem a oportunidade de voltar a tão aprazível esplanada.

aqui mais informações sobre esta peça e sobre a Tapafuros.

A Origem da imaginação


You're waiting for a train.
A train that will take you far away.
You know where you hope this train will take you,
But you can't be sure.
But it doesn't matter
Because we'll be together.


A silly season cinematográfica surpreende-nos.
aqui o trailer.


sábado, julho 24, 2010

Estátuas (I)


Estátua,
Desenhada para sempre
Brilhas á luz do luar
Alisada pelo vento
Voas no mesmo lugar
Eu sei
Estátua,
Parada e silenciosa
Olhas para mim receosa
que perceba o teu enredo
que te descubra o segredo
é que eu sei
Eu sei,
Qual é o teu maior medo
é que eu pare também
e passe a ser um rochedo
e deixe de ser alguém
também
é que eu sei, eu sei
Selvagem competição
Começaria então
Eu desenhada por Deus
Tu por um coração

Uma Estátua, música dos Madredeus presente no álbum Um Amor Infinito (2004).
Ouve aqui.

terça-feira, junho 15, 2010

Io Sono l'Amore


Apesar de não se relacionar com Sintra, não posso deixar de escrever um pequeno apontamento acerca deste filme filme soberbo. Há já algum tempo (exceptuando alguns filmes exibidos no Estoril Film Festival '09) que uma ida ao cinema não era tão arrebatadora. Eu Sou o Amor, Io Sono l'Amore na versão original, é um filme brilhantemente realizado, com interpretações de alta categoria (especial destaque para uma memorável Tilda Swinton) e uma banda sonora absolutamente magnífica. Deixo-vos algumas informações técnicas e o trailer.

Título Original - Io Sono l'Amore
Realizador - Luca Guadagnino
Elenco - Tilda Swinton, Flavio Parenti, Edoardo Gabbriellini, Pipo Delbono e Marisa Berenson
Género - Drama
Origem - Itália
Ano - 2009

Sinopse
Emma (Tilda Swinton), é a matriarca da família Recchi, uma abastada família milanesa, há várias gerações ligada à indústria têxtil. Cada um dos membros do clã tem o seu papel definido e nada parece perturbar a paz e a união familiar. Porém, quando conhece Antonio (Edoardo Gabbriellini), um talentoso "chef" de cozinha, toda a existência de Emma se altera. Entre eles nasce uma paixão sem limites e ela descobre uma oportunidade de descobrir um novo mundo de emancipação emocional e sexual que a irá despertar para uma nova maneira de encarar a vida. Agora, para provarem o seu amor, ambos terão de encontrar, dentro de si, a coragem necessária para enfrentar a sociedade e as velhas tradições.

Saudades


Quem não tem saudades dos tempos em que os ingressos para a Pena eram bonitos?

Tio João


Recordo-me como se fosse hoje. Já na altura tinha o fascínio que ainda hoje tenho pelo Palácio da Pena. Dessa maneira, não foi de todo difícil ficar fixado na capa de um livro descoberto numa das minhas muitas deambulações por livrarias. A capa era, é, uma bonita ilustração da zona do convento na Pena com céu de um cinzento carregado como fundo. O Bando dos Quatro – Um Mistério em Sintra era o título. O autor? Um ilustre desconhecido para uma criança de sete anos: João Aguiar. Lá convenci a minha mãe a comprar-mo. Sem saber acabara de acrescentar o segundo grande pilar das minhas leituras infantis. A par da colecção Uma Aventura, O Bando dos Quatro preencheu o meu imaginário pueril. Mistérios, segredos, humor e História. Um maravilhoso mundo novo havia sido encontrado. Foi nas páginas destes livros que descobri a Madama Butterfly, de Puccini. Através destas histórias fora, aprendi valores como a amizade, a união, a confiança ou a lealdade. Foi esta colecção que me deu a conhecer uma das mais caricatas e inusitadas personagens que alguma vez li, que a 3 de Junho de 2010 morre em Lisboa vítima de cancro. Vamos ter saudades tuas Tio João.